02
ago

Agora ficou evidente. Atletas precisam cuidar e “treinar” a parte emocional.

É comum vermos a grande preocupação dos atletas com a parte física, o que de fato é muito necessário, e como ortopedista não poderia deixar de dar a devida importância a esse cuidado, porém temos observado que as dores de um atleta vão além do físico.

Após o ocorrido com a super atleta, Simone Biles na olimpíada de Tóquio, o tema tomou posição central nas discussões mundiais sobre o mundo do esporte.
Independente da veracidade do argumento usado, ou do motivo que o impulsionou, fica claro que o momento para evidenciar essa situação, não podia ser pior.

Criou um abalo nos demais atletas e em toda a equipe americana, podendo ter sido a causa forte para a perda da primeira posição na competição em equipes.
Talvez, se a situação de fragilidade sofrida pela atleta tivesse sido percebida, orientada e tratada em momento adequado, isso teria um final diferente.

De acordo com Simon, et al (2019), entre os principais determinantes de ansiedade em atletas de elite estão:
– Sexo feminino
– Menores de 25 anos de idade
– Experiência recente de evento adverso na vida
– Lesão musculoesquelética atual, entre outros.

Da mesma forma, entre os principais fatores de impacto psicológico estão o intenso escrutínio público e da mídia, bem como o gerenciamento de pressões competitivas contínuas por performar.
Ainda de acordo com Rice SM et al (2016), subgrupos de atletas que estão mais vulneráveis e com risco elevado de doença mental são aqueles que estão em fase de aposentadoria de suas carreiras ou que experimentam falha de desempenho.
O momento da competição é único. Sentimentos e esforços de vários anos do atleta, de seus familiares e de toda equipe técnica envolvida, desembarcam naquele momento causando uma avalanche de emoções, que se não for bem controlada, luta contra a melhor performance do atleta.

O olhar cauteloso da equipe técnica, a percepção do atleta da necessidade de acompanhamento (por vezes a percepção pode ser dos familiares) e o envolvimento de equipe médica especializada, são fundamentais para o tratamento e controle dos sintomas da doença mental que acomete o atleta, também para que se evite situações vividas pela atleta Simone Biles e toda a equipe americana, onde apesar do contexto patológico que necessita tratamento, mostrou ser o pior momento possível para tal problema vir à tona.

Hoje em dia o tratamento para ansiedade através do CBD, mostra resultados confirmados por revisões sistemáticas e meta-análises. A WADA (World Anti-doping agency), entidade de controle antidoping internacional, liberou o uso desse princípio ativo em atletas, quando retirou o CBD da lista de substâncias proibidas em 2021, por também entender que seu uso contribui para o tratamento adequado das patologias em atletas.

Por isso, minha recomendação aos pacientes atletas é sempre que procurem o profissional especialista para cuidar da saúde mental, o corpo é uma máquina orquestrada por nossa mente, ela precisa estar bem!

A notícia Agora ficou evidente. Atletas precisam cuidar e “treinar” a parte emocional. apareceu em Meio e Negócio.

[ad_2]

Source link