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COP26: evento em São Paulo antecipa tendências. Confira

A prefeitura da capital paulista realizou na última semana a sua Pré-COP26, um encontro internacional que debateu alguns dos principais assuntos que farão parte da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que acontece na Escócia em três semanas. 

Em formato híbrido, o evento teve a participação de secretários municipais e representantes de grandes cidades do Brasil e do mundo. Entre os temas discutidos, plano climático, mobilidade urbana, saneamento básico, sustentabilidade, resiliência, educação ambiental e gestão de resíduos.

“Essa iniciativa é de suma importância para São Paulo, uma das maiores cidades da América Latina e a maior do Brasil. Estamos muito comprometidos com a questão da agenda ambiental e acompanhamos e aprendemos com iniciativas de outras localidades. Temos o compromisso de fazer ações que sirvam de exemplo a outras cidades”, declarou o prefeito Ricardo Nunes.

Para Marta Suplicy, secretária municipal de Relações Internacionais, para buscar investimentos e interlocução internacional, é preciso se diferenciar da política ambiental brasileira. “Daí o convite a personalidades do exterior com importância internacional, para entender que São Paulo é baluarte na defesa do meio ambiente e tem feito muito”, disse.

Na versão presencial, a conferência contou com materiais impressos ecologicamente corretos, como flayers e crachás, feitos de itens recicláveis como bitucas de cigarroSecom/Divulgação

 

Vitrine internacional

Na abertura da Pré-COP, os representantes de outros países aproveitaram a oportunidade para ressaltar as iniciativas ambientais que vêm sendo desenvolvidas em suas regiões. 

A vice-prefeita de Londres, Shirley Rodrigues, por exemplo, afirmou que uma das prioridades da capital inglesa é tornar o transporte público elétrico e falou sobre os planos de zerar a poluição em novos edifícios. 

“Já investimos 126 milhões de libras nesse projeto. Temos parcerias para um novo sistema residencial adequado. Isso vai gerar também muitos empregos, que chamamos de ‘empregos verdes’, pois são especializados na proteção do meio ambiente”, disse.

O time de Moscou, na Rússia, compartilhou que, neste ano, pela primeira vez está aplicando 1 bilhão de dólares nas questões ambientais. Um dos focos é também o transporte, segundo o chefe do departamento de gestão de recursos naturais e proteção ambiental da cidade, Anton Kulbachevskiy. “Desde 2020, já diminuímos as emissões em 25%. Há 750 ônibus elétricos em Moscou e, em 2025, vamos descontinuar todos os veículos que emitem poluentes”.

Pré-COP26: em formato híbrido, evento teve a participação de secretários municipais e representantes de grandes cidades do Brasil e do mundoSecom/Divulgação

 

Promessa de uma São Paulo mais verde

A Prefeitura paulistana também falou de alguns de seus projetos e ações em andamento. Um dos destaques foi a elaboração do PlanClima, o Plano de Ação Climática 2020-2050 do município. 

“Temos no nosso PlanClima o compromisso da redução de 50% de emissão de gases de efeito estufa até 2030 e de 100% até 2050”, ressaltou o prefeito. “Dentro desse contexto, possuímos uma das maiores frotas de ônibus do mundo e substituiremos, no mínimo, 20% por ônibus elétricos”, completou Ricardo Nunes. A cidade tem hoje 201 trólebus e 18 ônibus à bateria, que circulam pela Zona Sul.

A Assessora Técnica da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), Maria Teresa Diniz, falou ainda sobre o Aquático, transporte hidroviário que será implantado na Represa Billings, reduzindo o tempo de viagem de moradores da região. Ele poderá ser pago com Bilhete Único, permitindo integração com outros modais.

Segundo o prefeito, outro avanço está na utilização de energia solar. “Foi feito o edital para prédios da Saúde e, agora, os da Educação, que são mais de 700 imóveis que passarão a ter energia solar”, explicou.

Durante as apresentações, também se falou sobre a meta de mais corredores de ônibus, os 300 km a mais de ciclovias (além dos 400 km já existentes), o incentivo ao uso de bicicletas e patinetes, o projeto do BRT Aricanduva, os jardins de chuva para conter as enchentes, a redução de taxas para carros elétricos, o Polo de Ecoturismo, a despoluição do Rio Pinheiros e a ampliação de áreas verdes com a criação de novos parques e unidades de conservação.

A cidade de São Paulo tem hoje 48,13% de seu território com cobertura vegetal, de acordo com a Prefeitura. “A meta no C40 (grupo de grandes cidades para a liderança climática) é que cada cidade tenha 30% de área com cobertura vegetal. Nós já passamos esses índices e vamos ampliá-los”, prometeu Nunes no evento. 

Fonte

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