“Diversidade importa”: a vitória da igualdade de oportunidades
Esta exame CEO que você tem em mãos terminou de ser produzida poucos dias depois do início dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Se fôssemos resumir esta edição em uma frase, para ficar no jargão esportivo, poderíamos falar sobre a vitória da diversidade. Esse é o nome de um relatório da McKinsey & Company que evidencia a relação entre pluralidade nas equipes executivas e desempenho financeiro das empresas. A conclusão emerge do maior conjunto de dados colhidos pela consultoria até agora, em mais de 1.000 grandes empresas de 15 países.
Boa parte das companhias, é verdade, ainda tem muito a avançar nesse sentido. Mas outras já vêm colhendo ganhos impressionantes. Empresas com diversidade de gênero nos cargos de comando têm 25% mais probabilidade de ter lucratividade acima da média. Só é possível ter funcionários diversos quando existe incentivo à igualdade de oportunidades, tema desta edição.
Essa responsabilidade é de quem está no comando das corporações e das instituições que regem a economia — inclusive dos bancos centrais, como escreve Anita Bhatia, diretora executiva adjunta da ONU Mulheres.
A pandemia de covid-19 atingiu as mulheres de maneira especialmente dura, especificamente onde elas são mais vulneráveis: renda, saúde e segurança. A redução da capacidade das mulheres de ingressar no mercado de trabalho, pagar empréstimos, oferecer garantias ou abrir negócios pode se tornar duradoura, a não ser que os formuladores de políticas ajam rapidamente.
Em seu favor, os bancos centrais foram rápidos em reconhecer os desafios colocados tempos atrás pelas mudanças climáticas; e alguns já estão agora defendendo soluções pensando na necessidade de atender a força de trabalho feminino. Nessa corrida por igualdade de oportunidades, ao contrário das disputas nas modalidades olímpicas, todos vencem.
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