Empresas de tecnologia na bolsa: a tendência veio para ficar?
Os últimos 12 meses foram marcados por aberturas de capital de empresas de tecnologia no Brasil. Alguns exemplos emblemáticos são Locaweb, Mosaico, Enjoei, Intelbras e Multilaser. Essa é uma tendência que veio para ficar? Esse foi um dos temas discutidos no painel “As techs invadem o MM”, da premiação Melhores e Maiores 2021, realizada pela EXAME.
Participaram do debate Alex Szapiro, líder do Brasil e parceiro operacional do SoftBank Group International, Guilherme Pacheco, cofundador e membro do conselho da Mosaico e Roberto de Carvalho, vice-presidente da América do Sul da Dynatrace. A mediação foi de Lucas Agrela, editor da EXAME.
Para Pacheco, a resposta é sim, a bolsa ficará cada vez mais cheia de grandes companhias e startups do ramo. “A tendência é que a gente veja cada vez mais empresas de tecnologia abrindo capital aqui no Brasil”, diz. A Mosaico espera um impacto positivo de longo prazo para seus negócios devido ao aumento de consumidores fazendo compras via internet. A Mosaico é uma das pioneiras do setor de e-commerce no Brasil e dona das plataformas de comparação de preços Zoom, Buscapé e Bondfaro. No dia do IPO, em fevereiro deste ano, as ações da Moisaco dispararam 97%. “Pouco mais de dez anos atrás, não víamos companhias brasileiras listadas na Nasdaq e poucas na B3. Hoje, isso mudou. É uma tendência sem volta. Os fundos brasileiros sequer tinham analistas dedicados a empresas de tecnologia. Hoje, poucos fundos não têm um especialista em tecnologia”, disse Pacheco.
O motivo da tendência, na visão de Carvalho, da Dynatrace, é a qualidade das companhias desse setor no país. “Hoje, em qualquer área de tecnologia, as empresas brasileiras brigam igualmente com empresas do exterior. Somos benchmark para empresas globais”, afirma o porta-voz da Dynatrace.
Já Szapiro, do SoftBank, acredita que as empresas brasileiras tenham algumas vantagens no contexto internacional e que o cenário empresarial seja positivo, quando visto de longe.
“O empreendedor consegue resolver rapidamente problemas específicos da região ou mesmo globais, como a Gympass. No Brasil, temos uma criatividade muito grande. Há empreendedores que passaram por muitos problemas e se tornaram resilientes. A curto prazo, o efeito da macroeconomia pode ser muito duro. Se olharmos de perto, o gráfico é como um eletrocardiograma, cheio de altos e baixos. No longo prazo, a tendência é muito positiva”, afirma Szapiro.
Veja abaixo, na íntegra, o painel do Melhores e Maiores 2021.
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